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Cinema e gastronomia

Aprenda a fazer um delicioso Ratatouille

Patrícia Debortoli – paty.debortoli22@gmail.com

O cinema mundial dispõe de vários filmes que trazem como tema principal a gastronomia, e tratam dela com muita propriedade. Clássicos como “A festa de Babette” nos convidam a uma reflexão sobre paladares, aromas, sentidos e a saborear incríveis descobertas sobre nossos próprios gostos.

No ano passado o crítico de cinema Rubens Edwald Filho e a jornalista Nilu Lebert lançaram um livro de receitas, mas não se trata de qualquer livro de receitas, eles selecionaram 28 filmes que tem como protagonista a gastronomia, o título “O Cinema vai à mesa” traz também histórias sobre pratos marcantes.

Outra prova de que cinema e gastronomia tem tudo a ver, é a animação da Disney/Pixar “Ratatouille”.  O filme é um prato cheio não só para as crianças mas também para adultos, onde “qualquer um pode cozinhar”
Ratatouille é também o nome de um prato de origem francesa. A receita a seguir serve seis pessoas.

Ingredientes

1 pimentão vermelho
– 300g de cebola
– 650g de abobrinha italiana
– 160g de berinjela
– 650g de tomate maduro
– 20ml de azeite de oliva
– 1/3 de cabeça de alho
– 10g de açúcar
– raminhos de salsinha, 2 folhas louro e raminhos de tomilho
– sal a gosto
– pimenta-do-reino a gosto
– óleo de milho (ou de amendoim) para fritar.

Modo de preparo

Lave todos os legumes e retire as partes não-aproveitáveis. Tire as sementes e pique os pimentões e a cebola em cubos, a abobrinha e a berinjela em retângulos (formato de “dominó”). Reserve.
Passe os tomates rapidamente por água fervente, para tirar a pele. Corte os tomates em quatro partes e tire as sementes. Reserve.

Descasque os dentes de alho e pique em pedaços pequenos, ou passe pelo espremedor.
Frite os legumes
Feito isso, comece a fritar os legumes, separadamente. Primeiro, frite o pimentão em um fio de óleo de milho. Quando estiver cozido, mas não excessivamente mole, retire e deixe escorrer em papel-toalha. Reserve.

Faça a mesma coisa com a cebola: frite no óleo de milho até dourar, sem deixar escurecer demais. Quando estiverem douradas, acrescente um pouquinho de sal, tire do fogo e reserve.

Repita o procedimento com a abobrinha. Ela vai estar no ponto quando tiver soltado toda a água. Salgue levemente no final da cocção e deixe de lado.

Agora só falta a berinjela. Antes de fritar, ferva rapidamente os retângulos de berinjela em água, escorra, e frite em seguida no óleo de milho.

Cozimento

Depois de fritar todos os legumes separadamente, você vai precisar de uma panela grande e pesada para finalizar o prato. Coloque o azeite de oliva, o alho picado, o açúcar e os demais temperos verdes para refogar. Tempere com sal e pimenta-do-reino a gosto. Acrescente os tomates e deixe cozinhar por mais ou menos 15 minutos – até os tomates derreterem.

Feito isso, acrescente todos os legumes reservados, misture e deixe cozinhar por mais ou menos 30 minutos. Quando estiver cozido, retire os galhos de tempero e louro, e está pronto para servir.

Clube de Cinema assiste Machado

Clube de Cinema do Ielusc, de Joinville, promove debate sobre o filme Memórias Póstumas, de André Klotzel.

Felipe Silveirafelipopovfelps@gmail.com

Para comemorar o aniversário do Clube de Cinema, o curso de Comunicação Social do Bom Jesus/Ielusc parou, no dia 22 de setembro, para assistir ao longa-metragem brasileiro “Memórias Póstumas”, de André Klotzel, adaptado da obra “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, uma das mais importantes do maior escritor brasileiro – Machado de Assis.

O diretor tinha um grande desafio pela frente: adaptar para o cinema a obra que assinalou a transição do romantismo para o realismo em Machado. Para isso, Klotzel apostou numa linguagem ousada. Colocou a personagem Brás Cubas para falar diretamente com o espectador, assim como o texto de Machado, que fala diretamente ao leitor.

“Apesar de arriscada, a opção se mostrou das mais felizes, porque é exatamente assim que Cubas fala com o leitor do livro original: direta e francamente”, afirma o crítico de cinema Celso Sabadin.

Brás Cubas, interpretado por Reginaldo Faria, volta dos mortos para contar a história de sua vida, suas ambições e seus amores. Sônia Braga, Marcos Caruso e Otávio Muller tiveram ótimas atuações como Dona Marcela, Quincas Borba e Lôbo Neves, respectivamente.

Após a exibição do filme, a professora convidada para o debate, Deise Freitas, sentiu falta de trechos importantes do livro no filme, como a parte do escravo que Brás Cubas maltrata quando pequeno e reencontra já adulto. Deise é pesquisadora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e participa do projeto Nupill, que catalogou mais de 200 obras do escritor brasileiro e as publicou na internet.

Outra crítica, do professor Silnei Soares, integrante do Clube, aponta para o fato de que a linguagem utilizada no longa é popular como uma novela, destoando do rebuscado texto original. “É uma tentativa de aproximação com o público, e isso é bom, mas ao mesmo tempo, certas sutilezas se perderam”.

André Klotzel (54) assina o roteiro e a direção. O diretor de cinema paulista é formado em Cinema pela Universidade de São Paulo (USP) e estreou seu primeiro longa – A marvada carne – em 1985.  A obra primogênita recebeu 11 prêmios no Festival de Gramado e participou do Festival de Cannes. Memórias Póstumas, o filme mais conhecido, recebeu cinco Kikitos no festival brasileiro.

Cinema de Joinville comemora criação da Acinej

A Associação de Cinema de Joinville e região desperta a classe empresarial para a importância do cinema na cidade, com a intenção de promover Joinville no cenário audiovisual do país

Rafael Costa – rafael_lost@ig.com.br

Há seis meses, produzir cinema no município de Joinville era algo distante e remoto, um sonho. A recém formada ACINEJ (Associação de Cinema de Joinville e região), sob direção de Alceu Bett, conquistou com a classe política e empresarial sua sede no prédio da antiga prefeitura – localizada nas esquinas das ruas João Colin e Max Colin. A necessidade de investimentos em cinema e formação profissional na área audiovisual é tema importante para todos os candidatos a prefeitura de Joinville.

As reformas do edifício celebram a boa fase do cinema na cidade. A limpeza interna das salas de pré e pós produção de cinema, a iluminação do “Farol do Cinema”, a torre de vidro, equipamentos doados por associados e empresas apoiadoras e, recentemente, a conquista da pintura externa do prédio são as iniciativas da nova Acinej.

O próximo governo municipal terá um compromisso inadiável com o cinema, já que as expectativas dos profissionais, estudantes e de toda a comunidade é grande.

Com mão de obra deficitária no mercado nacional, o investimento em formação é urgente. “Cinema é um investimento seguro, além de ser uma indústria limpa e promissora, líder do segmento no desenvolvimento criativo”, explica Alceu Bett. “Temos as melhores escolas técnicas do estado em Joinville, e podem sim valorizar a produção cinematográfica, por que não?” completa.

Há uma interlocução da Acinej com universidades da região para viabilizar a possibilidade de inserir em seus cursos de graduação a cadeira de cinema, o que será muito importante para a qualificação de profissionais no ramo audiovisual. Com isso, a produção local terá maior credibilidade no cenário nacional.

Junto à Acinej existe o projeto da Cidade Cinematográfica para a facilitação de locação e, automaticamente, para gerar renda para o PIB municipal, sendo a indústria cinematográfica a segunda maior do mundo, perdendo apenas para a indústria bélica.

Ouça aqui a entrevista com Alceu Bett.