Candidato pela primeira vez, o novo vereador garantiu também a única vaga do PDT no Legislativo
Tatiane Martins – thaty_martins@hotmail.com
“As pessoas precisam saber a diferença entre um cargo no Legislativo e um cargo no Executivo. Precisam entender definitivamente que vereador não asfalta rua, não constrói escola, não contrata médico, não coloca tubo. Eu me preocupo em explicar o verdadeiro papel do vereador e mostrar para as pessoas que eu não estou aqui para fazer promessa”. Assim acredita James Schroeder (PDT), joinvilense nato, que aos 41 anos se candidatou pela primeira vez a uma vaga na Câmara Municipal e foi eleito com 3.133 votos.
Engenheiro agrônomo formado pela Universidade Federal de Santa Catarina, James é servidor público concursado há mais de 15 anos. Atualmente, é chefe de gabinete do vice-prefeito Rodrigo Bornholdt (PDT). Já foi presidente da Fundação Municipal 25 de Julho e atuou durante 16 anos como professor na rede privada de ensino.
James é o único candidato do Partido Democrático Trabalhista (PDT) que ocupará uma das 19 cadeiras do Legislativo no mandato de 2009-2012. Há dois anos, ele filiou-se ao PDT. Antes disso, foi filiado ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Mas não se lembra ao certo quanto tempo permaneceu no PMDB: “Não lembro bem, mas com meu pai na política, me envolvi cedo com o partido”.
Bruno França, 25 anos, assessor de imprensa de James, conta que a campanha foi focada no contato direto com a população. Foram marcadas reuniões com grupos de mães, associações de moradores e grupos de jovens, para que o candidato pudesse se apresentar e falar o que pretendia se fosse eleito. Durante a campanha, foram espalhadas 200 placas pela cidade, mas, para França “placas apenas avisam que fulano é candidato”, além disso, é necessário um trabalho de base, para fazer a população conhecer o político e estabelecer com ele uma relação de confiança.
De acordo com o assessor, isso não foi difícil para James, que é uma pessoa muito esclarecida e gosta de explicar tudo com detalhes. “Ele fala mais que o Faustão. Às vezes precisava puxar pelo braço, para conseguirmos cumprir todos os compromissos”, brinca. França atribui à espontaneidade e a boa oratória de James ao fato de ele ter sido professor por muito tempo. Isso é tão presente na personalidade do político que ele se apresentou aos eleitores, nos santinhos e placas, como Professor James.
O professor conquistou eleitores em quase todos os locais de votação da cidade, zerando apenas em três. Para ele, isso é resultado de um ideal de mandato pensado para toda a cidade. James não pretende atuar focando suas propostas para um bairro ou região específica de Joinville. Ele acredita que isso só deveria acontecer se fossem escolhidos 43 parlamentares. Para o novo vereador, a vitória não foi uma surpresa: “Nós nos preparamos para isso. A expectativa de votos era muito próxima do que a que ocorreu, na verdade houve até uma quebra. Esperávamos fazer até 3.500 votos”.
Marlize Martinelli Schroeder, esposa do professor, acredita que novo cargo exigirá dedicação e seriedade, mas garante que essas são características que ele já possui. Marlize, que é supervisora da Secretaria de Educação de Joinville há 17 anos, pegou licença prêmio para ajudar o marido na eleição. Ela foi a coordenadora de campanha, e conta que participou de tudo ativamente. “A decisão da candidatura foi tomada por nós dois, em parceria. Por isso, toda a caminhada para se eleger também foi traçada juntos”. Segundo a esposa, James é uma pessoa extremamente cautelosa, de muita idoneidade, que lê bastante e tem uma capacidade enorme de aprender as coisas. “Ele nunca vai dormir sem aprender uma coisa nova”, assegura.
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